quarta-feira, maio 31, 2006

Favela na praia. Diário do Pará, 31 mai 2006. Reporter Diário.

Donos de pousadas e residências construídas em praias, no Pará, devem botar as barbas de molho. É que, no próximo mês - uma semana antes das férias de julho -, a Gerência Regional do Patrimônio da União vai se reunir com Ministério Público, Ibama, prefeituras, associações comunitárias e órgãos vinculados ao turismo para definir medidas para ordenar o uso e ocupação dessas áreas. A rigor, ocupações desse tipo são irregulares. Em alguns casos, o abuso virou em favelização e crime ambiental.

quarta-feira, maio 24, 2006

Manifesto Cidade Velha Cidade Viva

A Cidade Velha reviveu nestes últimos 30 dias quando acolheu o projeto “Landi: Cidade Viva”.

Foi muito bom para nós moradores podermos ver o nosso bairro novamente em evidência, sendo lembrado como um centro que merece atenção.

Não queremos que isso acabe.

Queremos convidar todos aqueles que amam Belém a continuar apoiando a revitalização de nosso bairro.
Consideramos fundamental que ele continue sendo um bairro residencial, que não perca sua característica ribeirinha, mas também é preciso revitalizar sua vocação histórica para as atividades culturais, a educação, a atividade religiosa, o lazer contemplativo, etc. bem como, adaptá-lo a prestação de serviços especializados, para atividade turística, incentivar o surgimento de pousadas e transformando-o em um centro gastronômico.

Queremos sugerir aos poderes públicos em nome da sociedade paraense um programa de trabalho que consideramos fundamental para que essa revitalização seja auto sustentada.É preciso impedir a elevada circulação de ônibus e veículos pesados na Dr. Assis.

Precisamos de incentivos para reformar ou restaurar nossas residências e isso significa crédito fácil e em certos casos a juros zero e necessitamos de assistência técnica e jurídica para tal.Crédito e incentivo também são fundamentais para que as atividades econômicas incompatíveis com os novos usos que queremos estimular possam se transferir para locais mais adequados sem prejuízo para seus proprietários e sem perda de postos de trabalhos.

São necessárias mudanças na legislação para que se possam criar estacionamentos públicos e privados que acolham os veículos tanto dos moradores como dos visitantes do bairro sem que as ruas percam suas características de livre espaço para a circulação dos pedestres.

É fundamental reverter o recente processo de favelização em áreas do bairro.Sabemos que isso demanda tempo, estudos e articulação, mas de imediato algumas medidas já podem ser implantadas: renovar a iluminação de todas as ruas do bairro mantendo o atual sistema de iluminação do largo da Carmo, reforçar a segurança pública, fazer campanha educativa sobre o acondicionamento do lixo em áreas históricas, manter policiamento permanente no largo do Carmo que deverá recuperar sua função de espaço cultural, respeitada sua escala e características residenciais do entorno.

Quem nos visitou nestes dias teve a oportunidade de conhecer os guias mirins que com esforço e dedicação aprenderam e ensinaram aos nossos visitantes um pouco da história de nosso bairro e de nossos monumentos.

Nós queremos escolher estes pequenos e novos guardiões de nosso patrimônio como o símbolo desta etapa que agora se inicia.

Estamos convencidos que só haverá a Belém iluminista de Landi que todos sonhamos se ela incluir todos, líderes, instâncias de governo, associações civis, mas também, e principalmente, estes pequenos guias: os meninos e meninas do Largo do Carmo.

Largo do Carmo, Belém do Grão Pará, 20 de maio 2006
[Forum Landi]

quinta-feira, maio 18, 2006

Ruas fechadas

Um grave problema que a cidade apresenta é o fechamento de ruas públicas por particulares. Por estes dias a Prefeitura (SEURB) retirou os portões que fechavam três alamedas do "Jardim Independência" no bairro de Nazaré. Os moradores alegavam insegurança.

Algumas vias são obstaculizadas no seu caminho até o rio ou à baía. Vez por outra a CDP ainda insiste na idéia de transformar a Marechal Hermes num pátio de containers. Por sua vez a SANAVE corta o acesso à rua Dom Pedro.

A Praça do Carmo ladeada pela Tv. Dom Bosco e a Joaquim Távora tem ambas as ruas fechadas. A ocupação da primeira iniciou há cerca de 20 anos; antes havia um muro baixo que permitia a visão do rio, trapiche e posto de gasolina. Hoje termina nas imediações da sede náutica do payssandu, e perpendicular a ela encontramos o "beco do carmo". Os problemas decorrentes são prostituição, bares inadequados, poluição sonora e, claro, perda da paisagem e o acesso ao rio. Na segunda um portão desafia o direito de ir e vir.

É a casa da mãe Joana!

Para enfrentar estes casos a GRPU em agosto de 2004 fez um apanhado e constatou cerca de 15 ruas nesta situação . Não temos informações adicionais dos resultados alcançados.

segunda-feira, maio 15, 2006

Aterro hidráulico

O portal prevê o uso de aterro hidráulico nos dois primeiros quilômetros, em alguns pontos avança até 70 metros dentro do rio guamá. A solução da prefeitura é como a de Alexandre para o nó gordio em que ao invés de desatá-lo preferiu a espada. Não haverá desapropriação com os ocupantes deste trecho. É a melhor via? não sei.Talvez negociar e propor adaptações em alguns casos pudesse ser uma alternativa. Dois pontos nos preocupam sobremodo neste caso:
1. O aterro hidráulico tem sido questionado pelos geólogos e especialistas no leito do rio. Pedem um pouco mais de calma e estudos mais profundos sob o risco de perder-se o investimento.
2. Como ficará a área compreendida entre a Estrada Nova e o aterro?Algum plano para a mesma? Não ouvimos nada a respeito.

sexta-feira, maio 12, 2006

Rota do Açaí

O título acima ocorreu-me após a reunião do MOL no POEMA/UFPa para analisar o projeto Portal da Amazônia da Prefeitura de Belém. Salvo engano, o Professor Saint-Clair comentou que os guias não costumam levar os turistas a visitar portos como o 'do açaí'. É bom saber que professor e sua equipe de geografia identificaram os portos do açaí, ponto certo e da palha, como os últimos redutos de cultura ribeirinha na orla da cidade.E o Nielson, comerciante do produto, descreveu o difícil trajeto para o vinho chegar até nossa casa - desde a ida em casquinhos até a difícil coleta nas ilhas. Enfim, depois de alguns dias atinei para um possível produto turístico que chamei 'Rota do Açaí'. Está lançada a idéia para o pessoal de turismo formatar.

quinta-feira, maio 11, 2006

Palestra no Forum Landi

No dia 8 de maio o Movimento Orla Livre ocupou o auditório do Forum Landi na pça do Carmo elha com a palestra "Orla da Cidade Velha". Apresentei uma visão geral dos princípios e estratégias do movimento, diagnósticos e potencialidades para a área apontados pelo projeto Pro-Belém e a Oficina do Projeto Orla, e por fim a necessidade de utopias e arquitetos engajados nas questões urbanas.
Um ponto chave levantado foi o perigo das intervenções urbanas em centros históricos como bem ilustra o texto a seguir sobre intervenção na estação da luz em São Paulo:

“Só o governo aceitar repetir a vulgata ‘cracolândia’ já é uma infâmia. Chamar de ‘cracolândia’ é criar uma abstração. É como Bush pensa o Iraque. Cada um inventa a sua cracolândia para poder bombardeá-la mais fácil. É uma justificativa para um grande negócio imobiliário.” (Paulo Mendes da Rocha, citado em Discutindo Geografia, Ano 2, nº 9, pág. 39).

Diário do Pará 11 mai 2006. Guilherme Augusto.

O Bar do Salomão (28 anos de praia), na Cidade Velha, está de cara nova. Entre outras bossas, recebeu decoração com painéis da equipe Casa Velha, explorando o tema “Aqui se reúnem caçadores, pescadores e outros mentirosos”. Um achado. O novo visual do tradicional boteco faz parte do Projeto Landi: Cidade Viva, do Cultura Pará, patrocinado pela CVRD.

quarta-feira, maio 10, 2006

Universidade Livre do Marajó

Visite o Portal da Universidade Livre do Marajó-Amazônia. Solicito pensar a orla além de Belém, agregar as ilhas e o Marajó até formarmos um arquipelágo de cultura, amazonicidade e muito peixe-frito.

"...Tem por principais objetivos: o desenvolvimento sustentável de comunidades tradicionais na Amazônia (com enfoque especial a meso-região do Marajó), o combate à pobreza, a difusão da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e da amizade e cooperação entre os povos". (extraído do Portal)

segunda-feira, maio 08, 2006

Aprovada a macrodrenagem da Estrada Nova. Site da Prefeitura 08 mai 2006.

A Comissão de Financiamentos Externos (Confiex), coordenada pelo Ministério do Planejamento, aprovou em reunião, nesta sexta (05), e com resultado divulgado nesta segunda-feira (08), autorização para a Prefeitura de Belém contrair financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a execução do projeto da Macrodrenagem da Estrada Nova. Depois de 17 meses de luta em Brasília, o prefeito Duciomar Costa conseguiu o aval do governo federal para o empréstimo de U$S 75 milhões, o que equivale a 60% do total da obra que é de U$S 125 milhões, sendo que 40% correspondem à contra-partida da Prefeitura.

terça-feira, maio 02, 2006

Macrodrenagem vai ser decidida na sexta-feira. O Liberal 2 mai 2006.

O destino da macrodrenagem da Estrada Nova, um dos principais projetos de saneamento da capital paraense, vai ser decidido na próxima sexta-feira, em Brasília, pelo Conselho de Financiamento Externo do Ministério da Fazenda. O projeto de R$ 120 milhões está à espera de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento Social (BID). Para que os recursos sejam liberados, contudo, será necessário aval do governo federal. O prefeito Duciomar Costa diz que a etapa mais difícil já foi vencida. O município teve que comprovar capacidade de endividamento e de pagamento do empréstimo. Para isso, foi necessário um esforço para garantir superávit nas contas de 2005. 'Fizemos um esforço de gestão e não foi fácil atingir isso em apenas um ano, mas hoje Belém tem capacidade de pagamento', afirmou o prefeito. Passada a fase da análise econômica, chegou a vez da palavra final da Fazenda, já que o projeto foi aprovado no Ministério do Planejamento. A decisão será tomada em reunião na sexta-feira.

De acordo com a equipe da Prefeitura, a macrodrenagem da Estrada Nova é tão importante para Belém quando a que foi feita no Una também com financiamento do BID. Associada à orla, projeto avaliado em R$ 100 milhões, a macrodrenagem vai evitar alagamentos na área central de Belém como a avenida Padre Eutíquio e parte dos bairros do Jurunas e Batista Campos. Duas missões do BID já estiveram em Belém conhecendo o projeto que foi aprovado, mas faltava o saneamento das contas da administração municipal. A prefeitura tem que provar capacidade de pagamento do empréstimo e, embora não sejam envolvidos recursos federais, a palavra final é do Ministério da Fazenda por tratar-se de empréstimo externo.