terça-feira, março 30, 2004

Plebiscito

Olá Caranguejos,

A camara aprovou o plebiscito sobre a possível anexação dos 465m da Doca e da Marechal Hermes. Em primeiro lugar vamos dar uma surra de NÃO. Em segundo lugar que tal propor que o plebiscito vá além e vote pela retirada total do porto de Belém?
A posição atual do MOL é a seguinte: Inúmeros portos, antes próximos dos centros de grandes cidades, foram reduzidos ou retirados para longe. O crescimento urbano forçou a isto. O mesmo deverá acontecer aqui. A CDP tá esperneando e tentando protelar o xeque-mate. O bom jogador de xadrez deve desistir antes.

O porto de Roterdã na Holanda, também ficou muito tempo dissociado da cidade. Hoje a tendência é que retorne a um convívio pacífico e salutar. Uma alternativa para o porto de Belém é que minimize suas atividades e o seu entorno (bem arquitetado) sirva como uma área para a população apreciar com segurança a chegada de grandes navios. Com certeza, não é o que temos hoje. Além do mais o enorme galpão em frente a praça Waldemar Henrique impede a visão da baía. É uma afronta. A cidade já deu muito pra CDP e os seus "exportadores".

Outro problema do momento é do iate clube. O empresário que o comprou quer transformar num condomínio. Até aí tudo bem, mas as margens (são aprox. 33 metros em direção à terra) por lei deve ser protegido pelos órgãos competenetes sob o risco de termos mais uma área "privatizada" na orla.

Enfim, turma do mangue, este é o nosso primeiro contato. Notem que já tem muita gente de olho nas bordas dágua. Precisamos garantir o acesso de todos. Afie suas patas que a luta é longa!

Muito bom antenar com vocês.
Bye

domingo, março 28, 2004

O Diário do Pará, 28 de março de 2004, Mauro Bonna

Iate

Exatamente como este espaço adiantou, o empresário Rui Denardin (Grupo Mônaco) assume, nesta quarta, a posse da antiga sede do Iate, na Bernardo Sayão. Imediatamente promete convocar os ocupantes de boxes para tranqüilizá-los: mediante aluguel, todos os serviços permanecerão inalterados por 12 meses. O plano para o local é um condomínio residencial com marina.

domingo, março 21, 2004

O Liberal, 21 de março de 2004, Artigos da semana

Dois fatos em foco

Egydio Salles*

1 - Água é vida

A escassez de água doce no mundo será um dos mais graves problemas que a humanidade tera que enfrentar neste século XXI da era cristã e é preciso que todos os países sejam advertidos dessa situação.

Segundo se propala, atualmente cerca de um bilhão e duzentas mil pessoas, inclusive muitos nordestinos, não consomem água potável de qualidade. De outro lado, aumenta a poluição de nossos rios, igarapés e outros mananciais.

É necessário que se faça urgentemente e de maneira permanente uma campanha educativa para ensinar a população, a partir das escolas, a utilizar a água de maneira adequada e defender os recursos hídricos do país, com ênfase para o desperdício e a poluição da água.

Em nosso Estado, a lei nº 6.381, de 25 de julho de 2001, com 90 artigos, dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos e institui o sistema de seu gerenciamento, mas ainda de escasso resultado.

A Campanha da Fraternidade, que anualmente a CNBB promove, este ano escolheu o tema “Fraternidade e Água. Água fonte da vida”, enfatizando que é preciso “conscientizar a sociedade de que a água é a fonte da vida, uma necessidade de todos os seres vivos e um direito da pessoa humana... para as gerações presentes e futuras” e que cabe a todos “defender a participação popular na elaboração de uma política hídrica, para que a água seja, de fato, do domínio público, e que seja gerenciada pelo Poder Público, com a participação da sociedade civil e da comunidade local”.

Portanto, “é preciso que o povo brasileiro tome consciência do problema, de sua amplitude e relevância, e procure preservar e utilizar o nosso enorme potencial hídrico antes que outros o façam, principalmente na região amazônica, onde a floresta ocupa uma área de 4,1 milhões de quilômetros quadrados, representa um terço da floresta tropical existente no Planeta e abriga um quinto da água doce de todo o mundo” (in “O Liberal” de 01.02.2004 - “A Água, alimento da vida”).

Os “lava a jato”, por exemplo, que proliferam pela cidade, devem ser fiscalizados e disciplinados pela fiscalização municipal; a Cosanpa, que leva água para as nossas casas, deve recuperar e substituir os tubos danificados para evitar vazamentos; as águas do Utinga e do Guamá, que abastecem Belém, devem ser preservadas da crescente poluição resultante da ocupação do entorno das respectivas áreas, sem esquecer daquela torneirinha que pinga o dia todo e não é consertada. São situações objetivas que devem ser enfrentadas, sem reuniões.

É bom lembrar que amanhã, transcorre o “Dia Mundial da Água”, que se espere não se passe em brancas nuvens, mas certamente com chuva.

Lembre-se: água é vida!

* Advogado

sexta-feira, março 19, 2004

O Liberal, 19 de março de 2004, Repórter 70

Marechal

É o fim da picada! Transformar a Marechal Hermes em pátio de contêineres é a maior agressão ao que resta do Reduto e a esta cidade que já assistiu mangueira ser trocada por pupunheira e a outras idéias também espinhosas nas ruas. O pior da história e que os belenenses estão assistindo a tudo calados e ainda aceitando a idéia de que avançar sobre a rua é solução para desafogar o porto. Ora, o porto de Belém praticamente só dá para receber barco de passageiro.

Iate

O Iate perdeu todos os prazos. É praticamente irreversível. O empresário Rui Denardin (Grupo Mônaco) que arrematou a área do clube é representado pelo escritório Paulo Meira. Nada será feito nos próximos 12 meses, para permitir uma desocupação lenta e tranqüila dos atuais inquilinos. Só mesmo vigilância.

quinta-feira, março 18, 2004

O Liberal, 18 de março de 2004, Repórter 70

Hoje, na Câmara Municipal, será realizada a audiência pública proposta pelo vereador César Meira para discutir a transformação da Marechal Hermes e parte da Doca de Souza Franco em pátio de contêineres da CDP.

Outro assunto que será tratado é a revitalização do bairro do Reduto, que já tem um projeto antigo assinado pelo arquiteto Aurélio Meira.

quarta-feira, março 10, 2004

..., 10 de março de 2004

Governo discute projeto da orla de Salinas com a comunidade local

A arquiteta Carmem Cal expõe os detalhes do projeto da Orla do Atalaia na Câmara dos Vereadores

Uma equipe de técnicos da Secretaria Especial de Integração Regional apresentou, na última terça-feira (09), em Salinópolis, o pré-projeto de urbanização da orla da praia do Atalaia, na Câmara de Vereadores daquele município. Participaram da reunião o prefeito Di Gomes, vereadores, barraqueiros e representantes de associações comerciais e artesãos. A idéia era expor o projeto e ouvir as sugestões da comunidade local.

A coordenadora do projeto, Carmem Cal, disse que o governo elegeu o turismo como uma de suas prioridades para geração de emprego e renda. Segundo ela, nenhum produto turístico sobrevive de suas belezas naturais. "É preciso infra-estrutura para despertar a vontade de voltar no turista. Mas não depende só do governo e sim da população local para que esse projeto se torne realidade e se mantenha no futuro", afirmou. "É um projeto sonhado por todos nós. É uma realidade para nossa cidade. É o que ela sonha há muito tempo", disse o prefeito.

Está prevista para a orla de Salinas a construção de um calçadão com 3,6 mil metros quadrados de área, com seis conjuntos de barracas (cada uma com quatro restaurantes), três barracas médias para quatro lanchonetes em cada, tendas para feira de artesanato, um prédio para a Secretaria de Saúde do Estado e outro para o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, barracas para venda de água de coco, espaço para ambulantes (como carrinhos de pipoca e churros), área para brinquedos e equipamentos de ginástica, lagos, coretos e bancos.

A coordenadora esclarece que não haverá impacto ambiental na área. As duas dunas que se encontram nesse local serão preservadas e irão compor o ambiente. Ela afirma que a proposta do governo é contribuir para a não poluição da praia e conservação de suas belezas naturais. As 24 barracas existentes serão agrupadas nos espaços planejados pelo governo para oferecer maior conforto aos banhistas e aos barraqueiros, além de proporcionar um melhor visual da praia e apresentar melhor higiene.

Carmem afirma que, dividindo o mesmo espaço, os quatro restaurantes terão possibilidade de economizar em energia, água e dividir a manutenção dos banheiros, sendo um feminino, um masculino e dois para portadores de deficiência física de cada sexo. As barracas também terão dois chuveiros externos centralizados em cada lateral, na direção dos banheiros.

Além disso, a proximidade de um restaurante do outro é boa para os negócios. "Gente atrai mais gente. Estamos criando uma ambientação que vai agradar os adultos, as crianças, os homens e as mulheres", afirma, dizendo ainda que os veículos permanecerão na praia, pois eles são responsáveis por grande parte da venda dos barraqueiros. "Nós temos que aproveitar o que a praia tem de bom e tirar proveito", disse.

Cada restaurante terá uma área coberta para as mesas e cadeiras e outra descoberta, próxima às jardineiras que demarcarão os limites do espaço da barraca. Para o barraqueiro, será destinada uma casa com dois pavimentos, sendo cozinha e área de serviço no térreo, e em cima, o depósito e alojamento para o proprietário.

Os restaurantes serão agrupados dentro de uma barraca de forma que a área de serviço e as churrasqueiras (feitas em tijolo com chaminé) fiquem voltadas para o centro da casa. Dessa forma, a pessoa que circundar a área, não verá o preparo das comidas, nem a separação do lixo, como ocorre hoje com quem anda por trás dos restaurantes. Cada barraca será disposta em posição diferente, para que em qualquer um dos restaurantes o usuário tenha uma visão de 90 graus da praia. Carmem diz que isso não seria possível se elas fosses colocadas uma ao lado da outra.

A coordenadora respondeu às dúvidas dos presentes, como a aquisição da nova estrutura dos restaurantes, o ponto escolhido para a feirinha de artesanato e o espaço destinado ao Corpo de Bombeiros. Carmem disse que o custo para os barraqueiros ainda está sendo estudado. Existe a possibilidade de doação ou de financiamento do governo ou ainda patrocínio de empresas privadas. "Haverá uma maneira de permitir o acesso às barracas. Não adianta fazermos um projeto, se ele não for para benefício de todos", disse. A coordenadora agendou também reuniões com a Associação dos Artesãos e Corpo de Bombeiros para discutir o melhor ponto para o trabalho deles no calçadão.

Os barraqueiros solicitaram também um espaço dentro das barracas para depósito de caranguejo, que nas férias e feriados chegam a 200 por dia. Outro barraqueiro solicitou ainda que fosse feito um sistema de distribuição de gás que contemplasse os restaurantes das barracas, com abastecimento feito diretamente pelo caminhão da empresa. Ele afirmou que os restaurantes usam de 5 a 6 bujões por semana. Carmem garantiu que tudo o que foi ouvido será analisado. Uma nova reunião será marcada para apresentar as alterações do projeto.

terça-feira, março 09, 2004

..., 09 de março de 2004

O catamarã 'Pará' tem capacidade para 138 passageiros. Sua última viagem ocorreu há cerca de oito meses, quando foi fretado por uma agência para um passeio turístico ao município de Santarém, no oeste do Estado. O convênio de uso compartilhado do navio faz parte de um protocolo de intenções, onde também está prevista a cessão, por parte do Governo do Estado, de um terreno de 8.154,3 metros quadrados pertencente à Empresa de Navegação da Amazônia (Enasa), ao lado da Base Naval de Val-de-Cães. Nesta área estão localizadas as carreiras (carros de madeira com rodas de ferro sobre trilhos), que são destinadas ao transporte de embarcações encalhadas para a área seca.

quinta-feira, março 04, 2004

O Liberal, 4 de março de 2004, Repórter 70

Sotave

O porto da Sotave, na ilha do Outeiro, será aberto hoje para o tráfego internacional de carga. A decisão do Ministério dos Transportes sai no Diário Oficial da União. O porto, ao contrário do que muita gente pensa, não vai ter problemas de operação para embarque de carga devido à interdição da ponte do Outeiro. É que ele foi construído exatamente para o embarque navio-navio. A carga vai chegar ao porto de balsa.

terça-feira, março 02, 2004

O Liberal, 2 de março de 2004, Repórter 70

Diferença

A Marinha vai ser acionada pelo Iate Clube por prejuízos causados pela lancha que transportou o presidente Lula na quinta-feira. Nos anos 60, lembra um jornalista, a Marinha exigia que o navio “Presidente Vargas”, do antigo SNAPP, reduzisse ao mínimo a velocidade nas viagens para o Mosqueiro e Soure, quando passava em frente à Base Naval de Val-de-Cães. E ameaçava a empresa de multa se algum barco militar balançasse ao sabor do banzeiro provocado pelo navio.

segunda-feira, março 01, 2004

O Liberal, 1º de março de 2004, Repórter 70

A Marinha se responsabilizará pelos danos causados pela maresia feita na passagem das embarcações que integravam a comitiva do presidente Lula e que atingiram o trapiche do Iate e as lanchas que nele estavam atracadas.

A informação foi do almirante Castro Leal, comandante do 4º Distrito Naval, ao comodoro do clube, Benedicto Rosseti, ontem. Oficiais da Marinha vão hoje ao Iate avaliar a situação.