Dois fatos em foco
Egydio Salles*
1 - Água é vida
A escassez de água doce no mundo será um dos mais graves problemas que a humanidade tera que enfrentar neste século XXI da era cristã e é preciso que todos os países sejam advertidos dessa situação.
Segundo se propala, atualmente cerca de um bilhão e duzentas mil pessoas, inclusive muitos nordestinos, não consomem água potável de qualidade. De outro lado, aumenta a poluição de nossos rios, igarapés e outros mananciais.
É necessário que se faça urgentemente e de maneira permanente uma campanha educativa para ensinar a população, a partir das escolas, a utilizar a água de maneira adequada e defender os recursos hídricos do país, com ênfase para o desperdício e a poluição da água.
Em nosso Estado, a lei nº 6.381, de 25 de julho de 2001, com 90 artigos, dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos e institui o sistema de seu gerenciamento, mas ainda de escasso resultado.
A Campanha da Fraternidade, que anualmente a CNBB promove, este ano escolheu o tema “Fraternidade e Água. Água fonte da vida”, enfatizando que é preciso “conscientizar a sociedade de que a água é a fonte da vida, uma necessidade de todos os seres vivos e um direito da pessoa humana... para as gerações presentes e futuras” e que cabe a todos “defender a participação popular na elaboração de uma política hídrica, para que a água seja, de fato, do domínio público, e que seja gerenciada pelo Poder Público, com a participação da sociedade civil e da comunidade local”.
Portanto, “é preciso que o povo brasileiro tome consciência do problema, de sua amplitude e relevância, e procure preservar e utilizar o nosso enorme potencial hídrico antes que outros o façam, principalmente na região amazônica, onde a floresta ocupa uma área de 4,1 milhões de quilômetros quadrados, representa um terço da floresta tropical existente no Planeta e abriga um quinto da água doce de todo o mundo” (in “O Liberal” de 01.02.2004 - “A Água, alimento da vida”).
Os “lava a jato”, por exemplo, que proliferam pela cidade, devem ser fiscalizados e disciplinados pela fiscalização municipal; a Cosanpa, que leva água para as nossas casas, deve recuperar e substituir os tubos danificados para evitar vazamentos; as águas do Utinga e do Guamá, que abastecem Belém, devem ser preservadas da crescente poluição resultante da ocupação do entorno das respectivas áreas, sem esquecer daquela torneirinha que pinga o dia todo e não é consertada. São situações objetivas que devem ser enfrentadas, sem reuniões.
É bom lembrar que amanhã, transcorre o “Dia Mundial da Água”, que se espere não se passe em brancas nuvens, mas certamente com chuva.
Lembre-se: água é vida!
* Advogado
domingo, março 21, 2004
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