segunda-feira, março 27, 2006

O Liberal. 27 mar 2006. Atualidades. Câmara vai debater sobre nova orla

A Câmara Municipal de Belém realiza sessão, amanhã, às 16 horas, para discutir com representantes da Prefeitura de Belém sobre o projeto Portal da Amazônia, que vai urbanizar a orla da Estrada Nova.

Com licitação concluída, a obra deve começar em 90 dias e será executada pela empresa Andrade & Gutierrez. A sessão será às 16 horas e o secretário municipal de Urbanismo, Luiz Otávio Mota Pereira, junto com sua equipe técnica, vai representar a prefeitura.
O Portal da Amazônia é parte integrante do projeto da macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova e vai beneficiar diretamente 250 mil pessoas de cinco bairros de Belém. Outro grande benefício que o projeto trará para a cidade é o incremento do turismo, já que o Portal vai trabalhar uma extensão de seis mil metros, no trecho da orla que vai do Mangal das Garças à Universidade Federal do Pará (UFPA).

O projeto também já foi discutido em workshop realizado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PA). Outros debates estão sendo agendados. Segundo o secretário municipal de Urbanismo, 'há um desperdício da nossa orla'. 'Os portos improvisados e a falta de cuidados com o meio ambiente na regiã, impedem que a cidade aprecie a vista para o rio Guamá', salientou.

Orçado em mais de R$ 125 milhões, o projeto Portal da Amazônia deverá ser iniciado ainda neste semestre, cumprindo a primeira etapa, que vai do Mangal das Garças até as imediações da avenida Fernando Guilhon (antiga Conceição), no bairro do Jurunas. Nesse trecho, que mede 2,4 quilômetros, a prefeitura já pode começar as obras, já que não existe a necessidade de desapropriações.

Durante todo o ano passado, a prefeitura buscou as parcerias para financiar a obra e já conta com apoio dos governos do Estado e Federal, por meio do Ministério do Turismo e das Cidades. Algumas empresas também sinalizaram com apoio financeiro para viabilizar a obra.

Pela dimensão do projeto, a prefeitura pretende conseguir um maior número possível de parcerias para executar o cronograma. Na primeira etapa do projeto, serão utilizadas as mais avançadas técnicas de engenharia, como o aterro hidráulico, a exemplo de obras realizadas em Copacabana e no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

Segundo Luiz Otávio, o projeto prevê a construção de uma plataforma com largura de 70 metros e duas pistas, com três faixas em cada sentido. Terá ainda área de passeio, estacionamento em ambas as pistas, canteiro central e ciclovia. Parte do espaço deverá ser reservado para área de lazer, incluindo quadras de esporte, áreas com equipamentos de ginástica, restaurantes e quiosques, nos moldes das orlas construídas nos grandes centros, como Recife e Rio de Janeiro.

Na segunda etapa, o projeto prevê a abertura da orla até a UFPA. Mas dependerá das negociações com os proprietários de imóveis, que já se iniciaram. Todas as desapropriações
acontecerão em acordo entre a Prefeitura de Belém e os donos dos imóveis.

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